Resenha: Segredos Mágicos
Em 2018, a Pixar criou um projeto chamado SparkShorts, trazendo uma série de curtas-metragens feitos pelo grupo de artistas do estúdio. Produções com abordagens mais complexas e inéditas, fora do feed dos projetos mais conhecidos em longa-metragem.
O sétimo curta, chamado "OUT", ou "Segredos Mágicos" (no Brasil), foi um pequeno — mas sempre urgente — e sutil passo em direção à representatividade queer no campo da animação. É o primeiro curta com enredo gay do estúdio e é uma das produções que mais amei ter assistido.
Dirigido por Steve Hunter e escrito em parceria com outros artistas, a história do curta apresenta um rapaz chamado Greg recebendo a visita surpresa dos pais no dia em que vai mudar de casa. O dilema de Greg surge em contar que está numa relação afetiva com Manuel. De repente, algo faz com que Greg troque de corpo com seu cachorro de estimação. E no corpo do cachorro ele vai tentar desesperadamente evitar que a família descubra o seu segredo.
O diretor diz que se baseou numa experiência pessoal para produzir o curta. Então, em meio a fantasia, toda autenticidade gerada pela sua experiência está mais que presente na história. E por essa razão que é de extrema importância que os espaços de produção sejam ocupados por minorias, e que elas sejam ouvidas. A narrativa tende a ser mais interessante e justa, felizes ou não, quando há uma vivência por quem a produz. Sobretudo no ramo da animação que pode ter uma linguagem mais didática e atrativa durante a infância. Lançado em 2020, "Segredos Mágicos" está disponível no Disney+ e gratuitamente no Youtube (não esqueça de ativar as legendas para o idioma de sua preferência).
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