Resenha: Você Não Está Sozinho
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Foto: Reprodução |
O enredo mostra a rotina de um grupo de estudantes em uma escola católica complementar. Os personagens principais da trama são Kim (Peter Bjerg), o filho do diretor, e Bo (Andres Agenso), porém, todos os alunos têm seus momentos de destaque. Há o estudante mais politizado, o romântico, o bagunceiro, o rebelde, heterossexuais e homossexuais, todos eles se provocam, se amam e se defendem mutuamente. Distante de suas famílias, o grupo forma uma verdadeira aliança e tentam aproveitar o tempo da melhor maneira possível.
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Foto: Reprodução |
Os momentos compartilhados entre Kim e Bo se destacam, não apenas pela homossexualidade, mas também pela ternura e naturalidade com que são retratados. No entanto, existem algumas ações e diálogos de teor sexual, bem como cenas de nudez e intimidade, que levaram à censura nos Estados Unidos. Infelizmente, esse tipo de exposição ainda gera controvérsias.
A obra inspira a reflexão de como deveríamos ouvir e aprender mais com esses adolescentes. Apesar da pouca idade (frequentemente atribuída à falta de razão), eles têm muito a dizer.
Num determinado momento, eles reivindicam a permanecia de um deles na escola e assim, levantam a questão: A escola deve ser o lugar de expulsão? É realmente desse jeito que se resolve o problema?
Marcado também pelo humor, a adaptação cênica dos Dez Mandamentos, encomendada pelo diretor e apresentada pelos alunos de maneira subversiva, deve ter causado, de fato, um apocalipse na mente dos docentes e dos familiares homofóbicos presentes. Para mim, foi um encanto revolucionário e libertador. Nesse confronto com o mundo e os seus dogmas, felizmente, são os garotos que se saem vitoriosos.
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